“Isso nunca aconteceu comigo!”: Broxar – parte 1 de 2

Parte 2 [clique aqui]

Ele havia preparado tudo, jantar em restaurante especial que terminaria apenas num beijo, afinal seria o primeiro encontro. Comeram uma deliciosa massa, conversaram sobre tudo e nas despedidas calientes tudo aqueceu com mais força. Quando perceberam já estavam bem localizados num quarto de motel e tiveram o primeiro momento de intimidade. Passado o gozo inicial reiniciaram a brincadeira, mas naquele momento a massa começou a revirar o estômago dele. Não sabia se concentrava na penetração que rolava intensa ou na possível congestão que se anunciava. Não quis parecer fraco ou menos desejoso. Tudo em vão, de repente estava ele todo flácido e acanhado lamentando. Ela machucada emocionalmente e cheia de expectativas esbravejou algo que ele nem conseguiu entender devido a vergonha. Foi o primeiro e último encontro do casal promissor.

Nunca aconteceu?

Quando ouvi essa história, confesso que fiquei condoído com os dois. A reação mais truculenta da garota foi tão ingênua quanto a dele. Por um único motivo, na cabeça de ambos ele não podia broxar. Pura inexperiência.

Acho curiosa a frase do título, “isso nunca aconteceu comigo!”. Quem anda na rua tropeça em buraco, no sexo também. Se nunca tropeçou é porque andou pouco ou mal na vida.

É natural alegar esse desconhecimento, mas pense no impacto disso na cabeça de uma mulher: “caramba, então eu fui a azarada?”

Fora as questões orgânicas, vejo dois fatores psicológicos inimigos da ereção de um homem: distração e rigidez.

Coloco no item rigidez o perfeccionismo, medo de falhar, intolerância à mudanças da mulher, ansiedade e afobação. Na distração destaco a vontade de impressionar a mulher, sobrecarga mental, divisão emocional, egocentrismo e pouca intensidade no ato sexual.

 Esses fatores psicológicos nada mais são do que o reflexo de hábitos adquiridos antes da cama. Afinal, o sexo não começa no pênis ou na vagina, começa no corpo todo e na imaginação. Se você adota uma postura diária que passa de um estímulo a outro e nunca se concentra em nada o mesmo vai acontecer na cama. Se arroga para si a razão de tudo isso se refletirá nos movimentos que faz entre quatro paredes. Amanhã darei dicas de como lidar com esses impasses [Clique aqui].

 Medo de falhar

 Não é incomum ver pessoas perfeccionistas arriscando pouco de si no dia-a-dia. Acostumados a sempre dar a tacada certa e sem falhas estão sempre agindo de tal forma que evitem críticas. O “fracasso sexual” parte de dois enganos, aquele de que há uma meta a ser atingida (como o orgasmo) e de que essa meta não atingida depõe contra sua masculinidade ou o amor que sente pela companheira.

Sexo é uma experiência que merece ser vivida como uma grande viagem em que os preparativos, os passeios e o retorno podem ser curtidos com igual importância. Sem pressa ou expectativa.

Ansiedade e afobação

Como você se sente quando está diante de alguém que come desesperadamente e babando por todos os cantos da boca? É confortável?

Um jantar a dois tem todo o encanto do convite, da expectativa excitante, dos pedidos à mesa, do saborear cada mordida, da conta paga e do que mais rolar. As falas são importantes, mas as pausas também. No sexo ocorre o mesmo, sem afobação. A menos que você seja como o esquilo dramático!

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Intolerância à mudanças na aparência do corpo da mulher

Você realmente se importa se ela ficou mais rechonchuda ou se o cheiro de seu corpo ou vagina se alteraram? Talvez isso indique que você está atento mais à embalagem que o sexo contempla e pouco ligado no trânsito dos corpos. Você se perdeu na hipnose da estética e esqueceu na delícia das sensações. Experimento transar no escuro só para sentir mais o toque dos corpos. Desligue-se um pouco dos olhos.

Alguma coisa está errada com essa cara...

Vontade de impressionar a mulher

Talvez você imagine que a mulher que está na cama contigo queira um pinto duro (posso chamar assim?) por 5 horas seguidas como vê nos filmes pornôs? Será que realmente entendeu que o sexo para a mulher é feito de um tecido muito mais delicado? Pois se você acha que o pênis é o ponto central de uma transa você nunca seria capaz de fazê-la gozar pelo telefone. Talvez seja uma boa experiência.

Além do mais, diferente do homem, a mulher não fica contando quantas vezes ela gozou (salvo as exceções). Como a mente do homem pensa em meta ele cumpre o seu projeto quando ejacula. A mulher vibra com a interação, se todo o contexto for significativo e a qualidade emocional for melhorada está tudo OK, portanto ela pode ver seu homem broxar ou ela não gozar!

Sobrecarga Mental

Você tem o hábito de entulhar coisas em sua mente? Poucas vezes faz uma higiene mental com alguma prática física, mental ou meditativa?

Isso vai se refletir na cama, pois a mesma dificuldade que você tem para deixar o sono vir é a mesma que terá para deixar o prazer fluir. A exigência em sentir prazer a todo custo pode fazer o homem se distrair do prazer. Acelerar o gozo leva à ansiedade que irá bloquear a energia que flue do seu corpo para o corpo dela.

Divisão emocional

Se o homem está exaurido no seu dia e se entregar para isso o resultado será broxante, pois sua postura na vida é de rendição passiva. Ficar emocionalmente dividido entre duas mulheres também pode afetar a capacidade de um homem doar-se plenamente para uma mulher. Mas a maior possibilidade nesse aspecto é que o homem se perca e fique dividido não entre duas mulheres reais, mas aquela que está em sua cama e outra em sua mente. Sua distração pela situação ideal tira o brilho da experiência real.

Egocentrismo

Quando o homem está preocupado com sua aparência, reputação, ou honra é a hora que tudo naufraga. Ele fica fechado em si mesmo e se deconecta da sua mulher. Quanto mais tentar fazer o pênis endurecer mais autocentrado ele fica e menos terá uma resposta orgânica. A adrenalina que o corpo dispara no momento do medo faz com que o sangue se concentre nos membros inferiores ou superiores. Biologicamente falando qual seria a utilidade maior diante de um inimigo: braços para lutar, pernas para correr ou um pinto duro? A necessidade de provar um valor especial na cama usando a mulher como fantoche de sua vaidade é um pedido certeiro para a brochada. O foco é na interação, sempre.

Sexo com você mesmo ou com ela?

Pouca intensidade no ato sexual

Se você vai fazer algo em sua vida, realmente faça, esteja inteiro naquilo que realiza, pois o desleixo é irmão gêmeo da impotência. Você perde uma briga não por ser mais fraca, mas por não ter se esforçado na batalha. Sexo não é uma luta, mas precisa de uma boa dose de virilidade e impetuosidade para que sua mulher venha até você. Quando elas falam que um homem não tem pegada que dizer, pouca intensidade naquilo que faz. Isso começa apenas quando você a penetra?

Amanhã eu termino esse assunto tão intrigante falando sobre as posturas na vida que fazem um homem perder a potência e dicas práticas que facilitam lidar com essa situação que nem sempre precisa ser embaraçosa.

Ah! Também falarei um pouco para as mulheres o que podem fazer para ajudar o seu homem nessa hora!

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About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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