Você ama ou é medroso?

Tenho notado algo estranho nas pessoas de forma geral. Elas sempre estão alegando medo. Quando falo de relacionamento a coisa que mais ouço é: me machuquei e tenho medo.

Você daria esse passo?

Adotam uma postura tímida na vida.

Agem sempre pisando em ovos, titubeando, se recolhendo a cada choque até um ponto de apatia estranha.

Preferem deixar o jogo terminar no 0 x 0 a ter que seguir para o ataque.

Fico imaginando esse tipo de conduta no que resulta. Durante muitos anos da minha vida adotei o comportamento do bundão padrão. Não me arriscava em nada que pudesse quebrar minha redoma de vidro. Me enclausurei num mar de autopiedade e segurança.

Depois de alguns anos eu olhei para trás e pensei: que vida pobre.

Comecei lentamente a me arriscar, nada grande, pequenos passos, tudo um pouco sutil, posturas mais ousadas, do tipo ligar para um amigo que tinha perdido o contato. Nada gigantesco.

Percebi que se eu alterasse o rumo das coisas no final eu teria algum resultado, ainda que parecesse pífio.

Minha vida não foi mais a mesma. Descobri pessoas intrigantes, lugares novos e situações diferentes. Cada porta que eu abria encontrava outra que me levava para  novos horizontes.

Eu tinha medo? Sempre, ainda tenho, mas se eu deixasse que ele me conduzisse não ficaria mais feliz.

Viver com intensidade não quer dizer que você está sempre correndo ou fazendo pirotecnias emocionais. Conheço pessoas movidas por aventuras e viagens longínquas que são emocionalmente muito covardes.

Quando eu falo vida intensa me refiro à profundidade, pessoas que não se bastam num pensamento óbvio, numa emoção banal ou numa visão estreita.

Quando falam de medo eu tenho uma certa compaixão, pois penso, será que elas tem tanto à perder?

Será que “perder” um tempo tentando se relacionar ou experimentar algum sentimento é tão difícil a ponto de achar que toda a vida irá desmoronar?

Se você espera ter uma experiência realmente significativa de amor seguindo todas as normas pregadas pela sociedade ou as artimanhas de flertes casuais encontrará apenas histórias comuns. Se quer viver uma história excepcional você precisa ir com tudo, despreparado, sem garantias e pular num precipício de ambiguidades. O amor não elege os covardes!

 

“O Amor… É difícil para os indecisos. É assustador para os medrosos. Avassalador para os apaixonados! Mas, os vencedores no amor são os fortes. Os que sabem o que querem e querem o que têm! Sonhar um sonho a dois, e nunca desistir da busca de ser feliz, é para poucos!!” – Cecília Meireles

 

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About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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