Todo mundo tem um preço

Você com certeza discordou desse título, afinal você nunca se venderia como fazem as prostitutas ou os políticos corruptos que abertamente fazem um trabalho que deveria ser desinteressado por dinheiro.

Qual seu preço?

Nesse sentido você não tem um preço, se a moeda de troca for dinheiro. Mas vamos aprofundar o questionamento, e se pudéssemos quantificar o dinheiro implicado naquelas pequenas ações cotidianas que corrompem aquilo que consideramos sagrado, puro e intocável?

Acho que nesse aspecto teríamos uma legião de pessoas vendidas, ou seja, que se comprometeram com algo e se deixaram corromper por outro estímulo de maior prazer e com retorno imediato.

A pessoa que acorda atrasado corrompe o seu sono, ela se comprometeu a dormir mais cedo para acordar mais cedo, disposta, feliz, mas se corrompeu por qualquer atividade dispensável da madrugada (afinal, quem marca compromissos indispensáveis de madrugada?). Ela abriu mão de ser pontual, ter um dia produtivo e se vendeu ao ver uns vídeos engraçados na internet. Quanto isso valeria em horas de trabalho? Vamos supor que ela ganhe R$10,00 por hora de trabalho e passou duas horas na internet. Ela se corrompeu por R$20, ou seja, a moral dela custa isso. Isso é o suficiente para ela se corromper. [leia mais]

Ok, você se ofendeu com a conversão financeira, então vamos pensar de outro jeito.

Você se comprometeu a perder 10 quilos e resolveu cortar os doces. Disse que levaria aquilo à sério, agora sua moral consigo mesma está em risco, alguma falha ou concessão custaria sua perda de reputação consigo mesma. A noite chega e você abre a geladeira, ao ver um bombom velho no canto agarra desesperada e come sem que “ninguém” veja. Sua moral com você foi pra onde? Para o espaço. Se vendeu por um bombom velho. [leia mais]

Deixemos dietas e sono de lado, vamos a relacionamentos. Você prometeu que nunca mais atenderia seu ex- namorado canalha que mentiu, te enganou e traiu com sua “melhor” amiga. Era sua promessa suprema, afinal ele fez você sofrer muito. Mas você passou algum tempo carente, sem ninguém e recebeu uma ligação de um número que estava escrito NÃO ATENDER. Sabia que era ele, mesmo assim atendeu, combinou uma escapadinha rápida, ficaram no carro e você fez sexo oral nele. Sua moral consigo mesma valeu quanto? Melhor nem falar, seria ofensivo dizer que sua moral valeu uma transa mais ou menos. [leia mais]

Chato? Ofensivo? Cruel? Não, você foi cruel consigo, eu só lembrei do que você se fez.

Se um amigo atrase nos compromisso por futilidades, engordasse 20 kg por indisciplina ou se envolvesse em relacionamentos ruim por conta de sexo você o olharia com o mesmo ar de admiração? Confiaria algo importante à alguém que não cumpre a palavra, diria algo valioso para quem não guarda segredos? Acho que não, então por isso aconteceria com você mesmo.

De verdade, não quis dizer que você vale uns vídeos engraçados, um bombom velho ou uma transa barata, mas a sua consciência diz. Por isso você já não acredita em si mesma e acaba dizendo, “minha vida é uma droga nunca consigo o que eu quero”. Se cumprisse mais as suas autopromessas talvez se sentiria mais íntegra consigo mesma.

Esteja do seu lado, se ajude, não se corrompa.

Sim, a triste realidade é que todos nós vendemos nossa credibilidade pessoal por muito pouco, muito menos que o político e a garota de programa, pior ainda, por algo que sabemos que nos fará mal. E fiquem tranquilos eu também me vendo barato…

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About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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