As mulheres estão em desvantagem no “mercado” amoroso

* Por Frederico Mattos

Não é de hoje que podemos notar um fenômeno antropológico que afeta os relacionamentos amorosos, a quantidade de homem em proporção as mulheres é menor. [clique na reportagem]

Essa constatação aparentemente inofensiva provoca uma mudança significativa no “mercado amoroso” na atualidade. Em algumas cidades de Minas Gerais a diferença chega a ser de um homem para 4 mulheres.

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O cara se acha dono do pedaço

 

Imagine se houvesse muito mais vagas que candidatos num concurso, o nível dos aprovados seria inevitavelmente mais baixo. Por que estudar mais se é garantido passar?

Agora pense que esse é o cenário que os homens transitam, de muitas mulheres, disponíveis para uma interação emocional, mas sem necessariamente terem uma recíproca.

Para as mulheres isso tem um efeito desastroso, pois na falta de homens solteiros e de orientação heterossexual elas se submetem a arriscar com homens sem tanta qualificação pessoal.

Deixe-me explicar.

Se os critérios para ficar com os homens acabam diminuindo existe uma tendência natural deles fazerem menos esforços ou se aplicarem na conquista e no trato com as mulheres. É como se pensassem “se essa não quiser terá uma que vai querer”. Isso é predatório, mas é uma realidade.

Nesse sentido os homens se tornam mais exigentes se comparados com as mulheres, ainda que não estejam com a bola toda. Eles exigem beleza associada com independência financeira, inteligência, bom papo, bom sexo, sociabilização e com a condição de que o relacionamento preserve uma vida de quase-solteiro.

Já as mulheres, principalmente as que não se sentem privilegiadas por alguns dos “itens” exigidos pelos homens, são mais tolerantes com barriguinha, personalidade hesitante, vida profissional instável e até falhas de caráter.

Na medida que a idade delas chega entre 27 e 35 anos aumenta esse pânico social e psicológico.

Existem as exceções daquelas que pouco se importam com esses critérios machistas que validam uma mulher pelo fato de terem ou não um parceiro amoroso, mas a maioria sofre com seus botões.

Quando solteiras fazem os cálculos do tempo que demoram para encontrar um cara legal, namorar, noivar, casar, até ter ter um filho. Nessa aflição perdem espontaneidade, forçam a barra, pressionam seus parceiros e até soam desesperadas.

Diante desse cenário predatório isso é até compreensível, a janela de tempo para que uma mulher se estabeleça profissionalmente e engravide é muito curta.

De outro lado os homens além de poderem adiar interminavelmente o anseio de ser pai podem trocar de gestadora a qualquer momento.

Pessoalmente, acho cruel essa corrida silenciosa que tira o sono de muitas mulheres seja na hora da paquera ou de tentar aproximar o assunto “filhos” com seus parceiros.

O que se vê na prática são mulheres reagindo de uma maneira ressentida, desconfiada e dura consigo mesmas e homens sendo folgados e descuidados na maneira de conduzir uma paquera ou namoro. E nem falei sobre fidelidade que já renderia mais assunto, afinal alguns homens pensam “com tanta mulher dando mole, porque ficar com uma só?”

Com isso os casamentos parecem ganhar certo ar de descaso, atropelo e até indiferença.

Fico pensando qual será o desdobramento dessa maneira quase desumana de lidar com os relacionamentos.

E vocês percebem isso nas experiências pessoais e com amigos?

 

 

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Avatar fred barba* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor do livro “Como se libertar do ex” [clique aqui para comprar] e “Mães que amam demais”. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos, oferece treinamentos de maturidade emocional no Treino Sobre a Vida e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana. No twitter é @fredmattos.

About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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