Dificuldade em tomar decisões

* Por Frederico Mattos

Uma queixa frequente que escuto refere-se à dificuldade de tomar decisões e, curiosamente, esta é a temática menos explorada em textos que tratam de felicidade. Costumamos ignorar o fato de que nossa vida foi pautada em decisões concretas ou internas e que estas definiram quem somos e onde chegamos. Do momento em que acordamos até a hora do sono tomamos micro e macro decisões que ao passarem despercebidas podem gerar resultados desastrosos a longo prazo.

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Para facilitar o entendimento das decisões, é preciso reduzir nossa mente a um mapa no qual navegamos e que para chegar em dado destino necessitamos de boa orientação e recursos pessoais e materiais. Diante de grandes resoluções normalmente estamos imbuídos de boa intenção e até estamos informados de todos os aspectos, mas muitas vezes o que falta é conhecimento interior para que a decisão seja sustentada adequadamente. Com frequência a decisão é tomada, mas em seguida boicotada por outras forças interiores que parecem jogar contra a meta racional.

Nossas decisões costumam sofrer influência muito pequena das informações que temos disponíveis e muito mais da visão de mundo que carregamos e de suas emoções decorrentes. Alguém que veja a vida de maneira bélica inevitavelmente alimenta emoções oposicionistas frente à realidade como o medo, a raiva e divide as pessoas em aliados e inimigos potenciais. Suas decisões, portanto, estão contaminadas de sua paisagem emocional sem notar que sua liberdade é restrita. Seria como querer desempacar uma mula que se condicionou por anos a sempre paralisar diante de uma pedra.

Mesmo com o mapa racional disponível emoções condicionadas acabam engolindo a decisão num terremoto que desvia a rota para um caminho que lucidamente não faria sentido seguir. A garota que sai sempre com homens emocionalmente indisponíveis com certeza está bloqueada por muitas emoções que se opõe ao seu motivo consciente. Nesses porões emocionais está a verdadeira chave para que a resolução flua limpa e cristalina como a razão projetou. Sem esta consciência, é provável que a pessoa seja arrastada por sentimentos subliminares que perturbarão a sua rota.

Conhecer prós e contras das decisões é uma parte do processo. No entanto, é preciso ouvir as múltiplas vozes que temos dentro de nós mas nesse plenário a votação emocional é muito mais complexa do que imaginamos. É mergulhando com mais calma, observação apurada e sabedoria que conseguiremos decidir não só o que agrada a cabeça, mas fundamentalmente o coração.

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Gostaria de propor um desafio. Durante um sábado e um domingo você irá mergulhar nesse universo emocional para encarar suas emoções mais aparentes e as ocultas. Usarei o trabalho de “Diálogo de Vozes” nesse encontro para auxiliar os participantes a ouvirem suas diferentes vozes interiores. [clique aqui]

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Captura de Tela 2014-08-26 às 10.05.17* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor dos livros “Relacionamento para leigos (série For Dummies)[clique]“,  “Como se libertar do ex” [clique aqui para comprar] e “Mães que amam demais”. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos, oferece treinamentos de maturidade emocional no Treino Sobre a Vida e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana. No twitter é @fredmattos e no instagram http://instagram.com/fredmattos – Frederico A. S. O. Mattos CRP 06/77094

 

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Revisão: Bruna Schlatter Zapparoli

 

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About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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