Onde está seu poder pessoal?

* Por Frederico Mattos

Gosto muito de observar como as pessoas se expressam verbalmente, pois pela palavra consigo entrever a visão de mundo delas. A maneira como  relatamos um problema diz muito sobre como o encaramos.

Por exemplo, quando alguém diz que o chefe esgotou sua paciência, parece uma maneira passiva de lidar com os sentimentos. O chefe decidiu como ela deveria se sentir, e não ela própria.

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Quando digo que tive que fazer algo, quer dizer que fiz mesmo discordando, mas quem deu o poder para a pessoa fui eu. Em essência, em qualquer relação somos nós que empoderamos nossos interlocutores. Se eu legitimo alguém no direito de me ofender é porque antes eu considerei a opinião dessa pessoa importante o suficiente para me agredir.

O trânsito é outro exemplo. São pessoas que estão em busca de sua felicidade, querem chegar em casa, ver seus entes queridos, jantar, se alegrar, relaxar, interagir, transar, dormir, viver. Quem está no trânsito está querendo fazer isso também, todos em busca do mesmo benefício: chegar no seu destino, todos ao mesmo tempo. Cada apressado que cortar caminho pode ser visto como um desgraçado espertalhão (e por esse senso de injustiça você deixar que ele roube sua paz) ou ser visto como alguém que deve estar querendo ser muito feliz e deve ter o motivo dele. Que seja feliz, mesmo passando na sua frente.

Se alguém me mantém preso é porque eu concedi a chave de minha liberdade. O sequestrador só me mantém sob domínio porque ele ameaça algo que valorizo – a vida. Mas se eu a entregar ele não tem domínio sobre mim. Alguém só me mantém submisso se barganha algo que eu almejo, porém se corro o risco de abrir mão daquela vantagem, a pessoa perde o poder sobre mim.

É o medo de perder a vantagem que faz você se submeter e se apagar na vida. Sem essa pequena vaidade ninguém é capaz de sequestrar suas intenções. Se você estiver disposto a se desapegar de qualquer coisa, ninguém bloqueia sua liberdade.

Paradoxalmente quem está disposto a perder tudo ganha qualquer coisa, mas quem não está disposto a perder nada está submetido a tudo. Quem dá poder sobre você é sempre você.

Portanto, se acha que está preso num emprego ou relacionamento abusivo é porque você não está disposto a enfrentar o gatinho achando que ele é um leão. O medo que você carrega o faz refém, pois no momento que você se levanta e reivindica sua liberdade (entregando o que a pessoa tenta ameaçar) você se liberta e pode caminhar como quiser.

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Captura de Tela 2014-08-26 às 10.05.17* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor dos livros “Relacionamento para leigos (série For Dummies)[clique]“,  “Como se libertar do ex” [clique aqui para comprar] e “Mães que amam demais”. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos, oferece treinamentos de maturidade emocional no Treino Sobre a Vida e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana. No twitter é @fredmattos e no instagram http://instagram.com/fredmattos – Frederico A. S. O. Mattos CRP 06/77094

 

 

 

Revisão: Bruna Schlatter Zapparoli

About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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