De onde você veio – para onde você vai

* Por Juliana Baron

Sempre gostei das áreas da Psicologia que vinculam o sistema familiar ao modo como as pessoas agem, vivem, escolhem, porque nunca consegui entender um desagregado do outro. Não sei se é porque eu tenho uma família totalmente enlaçada (muitas vezes, até demais), mas de verdade, acredito que somos fruto e resultado da soma de todos aqueles que vieram antes de nós e com quem convivemos desde antes de nascer.

Você já se perguntou sobre a influência que o lugar aonde você nasceu tem sobre você? E os seus pais? E a sua origem? E o lugar ao qual você pertence?

Quando estudo toda essa conexão, sempre gosto de caminhar e aprender com a Constelação Familiar, que de forma resumida, é um método criado por Bert Hellinger que descobriu que há 3 leis (ou necessidades) que atuam na família: hierarquia (estabelecida pela ordem de chegada), pertencimento (estabelecido pelo vínculo) e equilíbrio (estabelecido pelo dar e tomar/receber). Segundo ele, quando tais leis são violadas numa família, surgem compensações que atuam em outros membros da mesma (muitas vezes em membros que sequer haviam nascido quando o problema aconteceu). Através de uma representação, quem constela, conduzido pelos consteladores, vai compreendendo de onde vem suas aflições, medos, limitações e então ele pode, se possível, enxergar o próximo passo que o conduza de uma maneira mais leve na vida, solucionando a questão que o incomoda e que o levou até aquela experiência.

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Não haveria como eu explicar em um único post a complexidade e a maravilha das constelações, mas posso dizer, por vivências próprias, que elas são mega esclarecedoras e provocam uma mudança enorme na vida de quem as procura. Talvez toda essa compreensão não aconteça de um dia para o outro, mas é muito interessante como os efeitos produzidos na vivência vão reverberando por dias, até o momento em que você capta a ligação entre o que aconteceu no passado e o que você vem reproduzindo no presente.

Confesso que quando alguém jura para mim que não tem nada a ver com a sua família, ou que não possui qualquer responsabilidade no desentendimento com os pais, ou que o irmão drogado é o único “problema” daquele sistema familiar, eu sinto vontade de dizer que um sistema é um sistema, justamente, porque todos exercem poder e influência sobre ele. Um familiar considerado a ovelha negra, por exemplo, é apenas um sintoma daquele sistema inteiro. Para mim, aí está a maravilha da conexão, da constelação familiar, mesmo que seja difícil nos responsabilizarmos pelo todo.

Resolvi escrever sobre esse assunto depois que li a reportagem de capa da revista Vida Simples desse mês, intitulada “O que você traz na bagagem”, e porque estou vivendo um momento em que venho refletindo muito sobre o legado que eu deixarei aos meus filhos. Geralmente, como mencionado até aqui, nos preocupamos muito com o nosso passado, com o que os nossos antepassados representam no nosso presente e pensamos muito pouco sobre o que nós estamos construindo hoje e que um dia será passado no futuro de alguém. Louco colocar essa questão dessa forma, não?

Então, hoje lhe convido a pensar um pouco sobre qual a relação entre a sua origem, as suas raízes e a maneira como você vive o agora. Por que será que seus relacionamentos sempre acabam da mesma forma ou por que você pula de emprego em emprego e nunca encontra satisfação? E o inverso também. Quais os emaranhados que você cria e vive hoje que podem reverberar entre os futuros integrantes da sua família? O que você pode fazer para deixa-los mais disponíveis e livres para viverem as suas próprias vidas? Qual o seu papel no seu sistema familiar?

Essas podem parecer perguntas simples, mas garanto que se bem formuladas e refletidas, podem se tornar a busca de uma (ou mais) vida inteira.
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Baron* Juliana Baron Pinheiro: uniu seu amor pela escrita com um tom questionador que a acompanha desde que nasceu. Costuma refletir sobre a vida, sobre a maternidade, casamento, escolhas e outros temas do seu cotidiano. Adora um curso de autoconhecimento (em especial, os dias da sua análise), fazer faxina e comprar livros. Formou-se em Direito, mas felizmente nunca precisou atuar na área. Hoje é coach e estuda Psicologia. Escreve também no seu blog “Psicologando – Vamos refletir?” (www.blogpsicologando.com), nos milhares de cadernos que coleciona, no projeto do seu livro, no bloco de notas do seu Iphone, nas cartas para os amigos e em qualquer superfície que cruza o seu caminho.
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