Sobre maternidade e auto aceitação

Sobre maternidade e auto aceitação

 *Por Juliana Baron

Em outubro, completo três anos como colaboradora por aqui. Comecei colaborando apenas uma vez por mês e há pouco mais de um ano, envio textos quinzenais. Nunca falhei. Mando texto em cima da hora, mas nunca deixei de mandar. Até esse mês, quando me desculpei com o Fred porque não consegui sentar e escrever. Sempre que pensava nisso, sentia como se já tivesse esgotado todos os assuntos e , simplesmente, não conseguia me imaginar escrevendo qualquer coisa. Aí resolvi abrir o jogo, aceitar essa minha “crise” e compartilhar esse momento e reflexão aqui com vocês.

Ando me sentindo exausta. Essa é a verdade. Como já contei por aqui, tenho um filho de cinco anos e um bebê de cinco meses. Tenho ajuda e tranquei a faculdade para poder estar presente, mas mesmo assim, estou bem cansada e ocupada. O bebê dorme mal, fato que por si só já afeta minha disposição, e mama no peito, exclusivamente. O filho mais velho vem querendo chamar minha atenção e eu me desdobro para atendê-lo de forma individual. Também senti que estava engordando e sem vigor no corpo e voltei a fazer personal e Yôga. Fora cuidar da dinâmica da casa, do cachorro, da alimentação saudável, as idas quase semanais ao pediatra (quando não levo um filho, levo o outro). Enfim, todas as atividades comuns a quase todas as mães.

Não, não vou dizer que me enterrei na maternidade ou que me esqueci de mim, porque faço várias atividades para meu próprio bem estar. Demorei, mas aprendi que não devo me esconder no meu papel de mãe, que é o mais importante, mas é apenas UMA das áreas da minha vida. Perdi tanto minha identidade na experiência com meu primeiro filho, que hoje entendi que primeiro preciso estar bem comigo para maternar de uma forma mais leve. Para cuidar de mim, deixo os filhos com nossa funcionária, com o marido, com a irmã, levo comigo, mas não deixo de praticar meus exercícios, de fazer minha unha, de dar um pulo na livraria. Mas é que o “a mais do que isso” não está rolando. Eu vinha num ritmo legal de leituras, pesquisas, estudos, produção de textos, e de repente, não consigo mais fazer nada. Sei que essa desaceleração já era esperada, mas precisei de cinco meses de auto cobranças e sofrimento para aceitar que na atual conjectura, não dá para ler ou produzir grandes reflexões. Meu dia e minhas energias estão focadas no cuidado com a minha casa, filhos, casamento e corpo. O resto, hoje, é resto.

Então, que depois de muito sofrer, semana passada, durante uma (breve) meditação, falei em voz alta que não dá e que tudo bem! Que não adianta eu me rodear de livros, quando não estou concentrada e disposta o suficiente para lê-los. Que não adianta eu querer escrever e alimentar o meu blog, quando minha única vontade é fechar os olhos no tempo que tenho “livre”. E gente, como foi libertador acolher minhas limitações e aceitar que não dou conta de tudo. Compreender que objetivos e prioridades se alteram de acordo com os contextos. Respeitar que hoje só consigo me dedicar à família e ao meu corpo, que é meu veículo e aquele que precisa estar são para dar conta do resto. A sensação foi de tirar um elefante das costas e o mais legal, é que passei a curtir, de verdade, estar com os meus filhos. Parei de projetar neles a minha própria frustração.

Continuarei por aqui, como uma forma de não abandonar completamente aquilo que amo tanto fazer (no caso, escrever), mas não me cobrarei mais as leituras constantes e grandes produções textuais. E, ufa, viva essa auto aceitação!

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Baron* Juliana Baron Pinheiro: uniu seu amor pela escrita com um tom questionador que a acompanha desde que nasceu. Costuma refletir sobre a vida, sobre a maternidade, casamento, escolhas e outros temas do seu cotidiano. Adora um curso de autoconhecimento (em especial, os dias da sua análise), fazer faxina e comprar livros. Formou-se em Direito, mas felizmente nunca precisou atuar na área. Hoje é coach e estuda Psicologia. Escreve também no seu blog “Psicologando – Vamos refletir?” (www.blogpsicologando.com), nos milhares de cadernos que coleciona, no projeto do seu livro, no bloco de notas do seu Iphone, nas cartas para os amigos e em qualquer superfície que cruza o seu caminho.
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