A “oração” do perdão interior

Como o perdão pode curar sua vida

*Por Frederico Mattos
Em tempos de intransigência com os outros e consigo mesmo me peguei pensando sobre quantas coisas nos sobrecarregam emocionalmente por que não conseguimos perdoar. Por isso escrevi uma “oração” do perdão que pode ajudar você a se lembrar do que poderia deixar seguir para sentir mais paz.

Essa melodia me inspirou enquanto eu escrevia, se gostar, ouça enquanto lê.

“Que eu perdoe meus pais por terem sido insuficientes, exagerados, negligentes ou até desprezíveis.
Que eu me perdoe por ser insuficiente com os outros.
Que eu me perdoe por resistir a receber o amor.
Que eu me perdoe por não acolher meus enganos e erros.
Que eu perdoe a mim mesmo por não ter a beleza, o sucesso, a felicidade e a vida perfeita que eu inventei que seriam essenciais.
Que eu perdoe minha cegueira para com aquilo que me deixa pleno.
Que eu me perdoe tomar posições tão radicais sobre a vida e perder a conexão com as pessoas em favor de ideias.
Que eu perdoe os outros por desapontar as expectativas que criei sobre eles.
Que eu me perdoe por as vezes desistir antes do que seria preciso ou por insistir no que já deveria ter abandonado.
Que eu perdoe os outros por se deterem em dizer qual deveria ser o bom jeito de viver.
Que eu perdoe a mim por me deter em eventos, situações, explicações e desculpas que só me desconectam daquilo que é essencial.
Que eu me perdoe por colocar a perder meus dias ficando distraído no que me empobrece internamente.
Que eu perdoe o meu passado por tudo aquilo que faltou ou sobrou e me sobrecarregou.
Que eu perdoe os outros por não perceberem como me sinto sozinho ou incompreendido mesmo quando estou rodeado de pessoas.
Que eu me perdoe por querer os outros para mim e não para a felicidade deles mesmos.
Que eu perdoe as pessoas que amo porque irão morrer antes do que eu desejaria mesmo sendo admiráveis, boas, honestas ou inspiradoras.
Que eu me perdoe por as vezes permanecer com pessoas e lugares que me fazem mal.
Que eu me perdoe por não conseguir perceber o amor que me cerca em pequenos gestos que chegam até mim.
Que eu me perdoe por tentar sufocar minhas emoções mais honestas com uma montanha de racionalidade desnecessária.
Que eu perdoe os outros por não conseguirem me escutar com qualidade e presença reais.
Que eu me perdoe por agir de um jeito exagerado e desproporcional diante de pequenos contratempos do dia-a-dia.
Que eu perdoe os outros por me interromperem quando falo para falarem sobre si mesmos.
Que eu me perdoe por chorar menos do que mereço.
Que eu perdoe as pessoas por serem tão frágeis, falíveis, contraditórias e até perversas.
Que eu perdoe a mim mesmo por ser assim também.
Que eu me perdoe por não me render aos pequenos milagres silenciosos do cotidiano.
Que eu me perdoe por ser muito duro comigo mesmo.
Que eu me perdoe por ter um insight revitalizante e logo em seguida começar a me justificar e relutar contra ele.
Que eu me perdoe por achar que só me perdoar não adianta nada e que seria preciso agir.
Que eu me perdoe por ainda não conseguir seguir em frente e perdoar como eu poderia.
Que esse perdão antes de mais nada cure minha dor interior e o sentimento de pequenez que me toma quando olho para a vida como um todo.”

 

Agora, se puder se deixe tocar por esse apelo interior e se mais tarde quiser entender racionalmente um caminho para o perdão pode ver o vídeo abaixo com uma dica prática.


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* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor dos livros Relacionamento para leigos (série For Dummies)[clique], Como se libertar do ex [clique aqui para comprar] e Mães que amam demais. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana.

Treinamentos online de “Como salvar seu relacionamento” e “Como decifrar pessoas”

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Frederico A. S. O. Mattos CRP 06/77094

About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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