“30 anos, sexo feminino

 Me apaixonei por um homem casado, quando eu menos esperava

Fred, minha história é a seguinte.

Sempre fui uma pessoa super certinha, de uma história de ter perdido

meus pais cedo, era sempre defensora daquilo que achava certo. Estou (ainda) em um namoro

morno e sem esperança. Pouco sexo (sexo rápido, sem vida, sem
conteúdo) é a marca dessa relação.

Pois bem. Vinda desse cenário, tive que ter uma convivência
profissional com uma pessoa, de muitas horas por dia. Ele, casado,

    mais velho, filhos. Tinhamos que conviver, porque o trabalho assim exigia. Fomos nos

conhecendo, nos identificando, nos dando atenção, desabafando, sendo

companheiros, e nos conectando. Meses depois, nos envolvemos.

Realmente nos identificamos, somos parecidos, muito pro lado do amor,
e pouco pro lado da paixão. Eu realmente me apaixonei por ele.

Começei a amá-lo cada vez mais e era correspondida. A parte ruim era o
turbilhão de sentimentos que eu me encontrava, muito por causa da
minha personalidade. Culpa, auto punição, medo, pensava nas outras
pessoas envolvidas…

Conversamos sobre a possibilidade de ficarmos juntos muitas vezes, ele
disse que gostaria, me descreveu vezes em que pensou nisso, que tentou
isso, mas na hora de bater o martelo, ele me disse que não estava
preparado pra fazer ninguem sofrer (a familia dele). Óbvio, conversa
de homem casado, mas, ao menos foi sincero. Não o culpo, ele sempre
foi sincero comigo, e é uma pessoa honesta e de caráter. Fez tudo o
que podia por mim no trabalho.

Meses depois, me apareceu uma

oportunidade profissional em outra empresa. Como fuga, disfarçada de
decisão racional, aceitei.

Sinto um vazio tremendo. Parece que foi a unica vez em que senti amor na vida.

E agora a pergunta (diferente do que você pensava, aposto) – O que
posso fazer por mim nesse momento? Me afasto dele, mesmo sentindo com
ele uma identificação de personalidade que nunca senti com ninguem
antes? Gostaria de te-lo como amigo – Seria isso impossivel?
O que faço por mim?

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