Nora e sogra

* Por Frederico Mattos

Se eu pudesse afirmar diria que todas as guerras mundiais começaram de um conflito entre noras e sogras.

É possível predizer o confronto certo quando alguns ingredientes estão presentes:
– Marido passivo e esquivo de lidar com conflitos.
– Esposa dominadora e/ou possessiva.
– Mãe do marido controladora, competitiva e invejosa do lugar ocupado pela nora

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O conflito é simples, a nora é vista pela sogra como a substituta ilegítima do seu reinado de mãe soberana de um filho obediente e dependente emocional. Ele que nunca quer assumir conflitos com sua querida mamãe fica passivo e tentando colocar panos quentes nos desentendimentos velados ou explícitos da mãe e da esposa.

Na hora do racha sai de fininho e diz que não pode tomar partido: “é minha mãe, poxa!”.

O resultado é trágico, pois em cada evento social surge aquela briga nas entrelinhas pela atenção do homem da vida das duas.

A sogra tem um agravante, na maior parte das vezes quer fazer as vezes de companheira emocional do filho e tirar a nora da trilha. Ela no papel de mãe deveria estar ciente de que a nova família do filho se sobrepõe à família de origem. Mesmo sendo a mãe não deveria interferir ou palpitar nas escolhas do filho, mas de modo geral faz o oposto, critica, aponta, acusa e faz intrigas. Se a nora reage parece sempre a louca, enquanto a pobre sogra permanece chorosa pela a agressividade “gratuita” pela nora.

É de chorar ver duas mulheres, que se supõe maduras, entrando em brigas absolutamente dispensáveis. Se questionada a sogra dirá que está defendendo os direitos do filho (ainda que não tenha sido chamada para advogar) e sempre terá uma dose grande de desconfiança: “essa garota não cuida tão bem dele quanto eu, é meio relapsa e as vezes soa interesseira, sei que ela tem ciúme de mim.”

Nessa hora a sogra esquece que quem convive, ama e transa com o filho é a nora e não ela.

Por isso soa tão estranho esse tipo de disputa, parece até que rivalizam o parceiro amoroso. A nora tem razão de reivindicar seu parceiro, mas a sogra não.

O que costuma reafirmar essa briga é que normalmente a sogra tem um casamento falido ou inexistente e que costuma legitimar sua solidão em busca da companhia do filho querido.

A própria esposa no fundo tem medo de incentivar esse conflito para não precipitar uma guerra familiar e para não ter que testemunhar o marido recuar diante de sua mãe, normalmente dominadora.

A solução está no marido que precisará enfrentar a própria mãe de um jeito que sempre tentou evitar. A guerra entre a sogra e a nora só evidencia um cordão umbilical que nunca foi rompido realmente.

Como sair dessas enrascada?

– Logo no início do relacionamento corte as interferências vindas da sogra, de forma educada e carinhosa. Não deixe o hábito se instalar.

– Opiniões não são críticas, não tome tudo como ofensivo.

– Legitime o papel de mãe do seu parceiro, ela não é uma inimiga, portanto, facilite o caminho deles quando precisarem permanecer a sós.

– Jamais coloque condições do tipo “ou eu ou sua mãe”. Além de ser um pedido irreal poderá criar uma rachadura na admiração que ele tem por você.

– Bom senso é bom senso, vindo de que fonte vier, inclusive sua sogra.

– Faça seu marido entender que a relação mãe e filho fatalmente mudará quando ele se comprometer seriamente na relação.

– Não entre em conflitos diretos.

– Reivindicar o marido, já que ele precisa ser aquele que posicionará a própria mãe ao legitimar a escolha amorosa que vez e barrando as interferência da mãe na sua vida afetiva.

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E você já testemunhou alguma história dessa?

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Avatar fred barba* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor do livro “Como se libertar do ex” [clique aqui para comprar] e “Mães que amam demais”. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos, oferece treinamentos de maturidade emocional no Treino Sobre a Vida e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana. No twitter é @fredmattos e no instagram http://instagram.com/fredmattos

About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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