Crise dos 7 anos

Me perguntaram se a crise dos 7 anos era real. Vou tentar explicar porque é e não é.

Pense num relacionamento e como ele acontece.

Seriam fases da Lua? hahahah

1o ano – euforia cheia de ardor e desejo. Nessa fase o casal é dominado por um sentimento vocacional. Duas pessoas estranhas precisam explicar para si mesmas porque gostam da outra pessoa. Para isso inventam mil argumentos como gostos, músicas, passeios, leituras e hábitos comuns. Normalmente os primeiros 6 meses são uma tentativa de desvincular do amor anterior, por isso que mergulham numa devoção absoluta um com o outro. Existe também uma luta épica para superarem as barreiras sociais caso o relacionamento seja inviável ou não aceito pelos pais ou sociedade. Bem no estilo Romeu e Julieta.

2o ano – adaptação. Após a fase de descobertas e encantamento o casal começa a criar hábitos em comum. Normalmente ainda estão inebriados por tudo o que aconteceu no primeiro ano, ele comemoram o aniversário e aquilo passa a ser um marco para maiores vínculos.

3o ano – primeiras brigas. Depois de 2 anos juntos o casal começa a perceber que aquela tentativa de moldar a outra pessoa naquilo que você gostaria que fosse é uma ilusão. Seus gostos não são atendidos prontamente, seus mimos são ignorados e capacidade de tolerância à frustração diminui. As brigas pequenas se tormam mais sérias e as acusações ultrapassam a fase da cobrança. [brigas tipicas]

4o ano – pressao social. Nesse período as brincadeiras quanto a casamento começam a surgir e de outro lado o tesão tende a perder o fôlego. Essa é a fase em que o casal acha que já sabe tudo um sobre o outro. Um congela o outro naquilo que gosta de ver para si mesmo. O espaço para a mudança diminui, a asfixia existencial aumenta e a pressão social aumenta. [mais aqui]

5o ano – o planejamento. Costuma vir o noivado ou os planos para o casório futuro. A identidade dos dois começa a ficar simbiótica, já não se veem separados e acreditam piamente que o casamento será a coroação desses laços. [veja os 39 itens]

6o – a prova – Se nada realmente acontecer começa a crise mais drástica. Os dois precisam definir os rumos pessoais e o relacionamento precisa ter um direcionamento. Casam ou separam, mas o medo de chegar nessa conclusão faz com que o relacionamento se arraste um pouco mais. O sexo é escasso, as brigas são muitas, o romantismo é pouco e o medo é paralisante. [5 fases do término]

7o ano – a crise. Se o casamento está em vias de acontecer eles passam a viver a crise pré-nupcial que se caracteriza pela dúvida cruel: “estou tomando a decisão correta?”. O pânico da perdade liberdade vai tomando conta do casal, o sexo ruim começa a deixar brechas para outros pretendentes e o caos se instala. Se o casamento não está marcado os dois precisam chegar num encaminhamento e normalmente o término parece ser a melhor opção. Mas eles se separam por um tempo as vezes tentam um retorno, mas ao final do ciclo de 7 anos percebem que o melhor a ser feito foi terminar uma relação paralisante. [Por que é difícil terminar]

Se casam o ciclo se reinicia…

1o ano – euforia pela casa nova.

2o ano – adaptação definitiva da casa e novos papéis.

3o ano – brigas feias sobre a incapacidade de ambos cumprirem seus papéis como marido e mulher.

4o ano – pressão social para terem filhos.

E assim por diante.

Claro que os tempos podem variar para mais ou para menos. Acho que a tendência é que diminuam, afinal tudo é muito rápido hoje em dia e quase ninguém aguenta chegar em 7 anos para perceber o que quer da vida.

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