10 erros de um casal para acabar com o relacionamento

* Por Frederico Mattos, psicólogo clínico e terapeuta de casais

1- Achar que na intimidade pode tudo

Talvez, um dos maiores problemas do casal é ter a sensação de que intimidade é um passe livre para grosserias e liberdade excessiva. Como a garantia de consideração e amor parece ter sido estabelecida, noto que muitos casais reservam pouca delicadeza e cuidado no trato pessoal. Esquecem compromissos com facilidade, dispensam gentilezas cotidianas, falam com mais imposição e de modo geral pressupõe que o parceiro deve aguentar tudo por que ama.

2- Usar o outro como alvo para seu descontrole

Este pode ser o principal motivo para brigas inúmeras, ou seja, utilizar o parceiro amoroso como bode expiatório para seus próprios fracassos, incompetências e desilusões pessoais. Se falha, perde ou se desilude consigo e sua vida, a culpa parece sempre cair no ombro da pessoa amada. Se está com raiva é bom gritar com o travesseiro ou se resolver de outro jeito, descontar no outro é o pior investimento para a relação.

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3- Imaginar que a felicidade vem do outro

Há pessoas que nutrem tanta fantasia sobre os prodígios que um relacionamento amoroso pode fazer em suas vidas (quando estão solteiras) que ao entrar nessa jornada se esquecem que a construção de felicidade é algo particular de cada um sem ressalvas. O outro pode dar um empurrão, mas nunca ser a fonte do seu equilíbrio pessoal.

4- Achar que o problema vem do outro

Se a felicidade supostamente viria da outra pessoa, a falta dela parece ser associada ao outro também. Logo, a infelicidade ou incompletude que alguém sente em relação à vida começa a ser colocada na conta do outro. Mesmo que o parceiro tenha colaborado para sua decadência, lembre-se que foi você que escolheu permanecer ao lado dessa pessoa.

5- Querer mudar a pessoa para algo que idealiza

É verdade que gostaríamos de um mundo encantado e cheio de realizações, mas se o parceiro amoroso entra nessa matemática, a chance de uma catástrofe será grande. Pessoas só mudam se estiverem internamente motivadas para isso, então não pressione, mas dê motivos que interessem a ela mudar e não a você.

6- Fazer jogos de poder

Se algum dia você já agiu sob coação, certamente aconteceu uma vez e depois não tolerou mais. Assim também acontece nos relacionamentos amorosos. Qualquer tentativa de obter vantagens emocionais, materiais ou sociais acaba sendo paga (inconscientemente) com frieza, desprezo e afastamento. Se sua cama esfriou, olhe com carinho para as relações de poder e chegará numa conclusão amarga; sua cama esfriou porque fora dela você quis reinar sozinho.

7- Achar que o sexo é a única coisa que importa

Não, sexo é uma delícia e como tudo na vida pode ser uma distração ou encontro profundo, mas não é nada mítico. O sexo regula uma das variáveis que qualificam um relacionamento como íntimo, agradável e construtivo, mas não é o único. Existem casais que transam muito e se fazem muito mal, outros que transam pouco e se realizam. Não há regra, portanto não deveria ser um critério final.

8- Não dar espaço para emoções destrutivas

No amor cabem todas as emoções, se a relação for sólida o suficiente para que a dupla administre bem seus dias maus e emoções destrutivas. Se a fase é ruim, vale evitar ataques de nervos; se a fase é boa, podem abrir espaço para manifestações difíceis da própria intimidade. Sempre expressar raiva, tristeza e azedume é ruim. Mas nunca é pior.

9- Fundamentar a união em coisas passageiras

Se o casal parece estar numa corrida do ouro pelo apartamento com varanda gourmet ou o cargo máximo na empresa, ou ainda a beleza sem fim, então estão condenados a ficar distraídos naquilo que mais almejam. E quando atingirem não saberão o que fazer. Essas buscas podem exigir, mas não usando o parceiro como um trampolim, pois isso custará alto o respeito e a generosidade natural dos parceiros. Beleza, poder, status e dinheiro podem ser importantes, mas não como bases do relacionamento. São meios e não fins.

10- Controlar cada passo da pessoa
O que abastece a admiração que nutre o amor é a sensação de bem-estar e liberdade que se tem ao lado do parceiro amoroso. O pior veneno, portanto, é querer controlar cada expressão ou reação da pessoa amada como se fosse sinal de amor ou apreço. Está mais para uma personalidade obsessiva do que amor. A liberdade, curiosamente, garante a lealdade.

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Captura de Tela 2014-08-26 às 10.05.17* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor dos livros “Relacionamento para leigos (série For Dummies)[clique]“,  “Como se libertar do ex” [clique aqui para comprar] e “Mães que amam demais”. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos, oferece treinamentos de maturidade emocional no Treino Sobre a Vida e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana. No twitter é @fredmattos e no instagram http://instagram.com/fredmattos – Frederico A. S. O. Mattos CRP 06/77094

 

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Revisão: Bruna Schlatter Zapparoli

About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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