“Me casei com minha mãe”

Ele conheceu aquela moça delicada, traços finos, família tradicional, muito boa e companheira.

Eternamente assim?

Foi amor à primeira vista.

O tempo passou e naturalmente o namoro seguiu para um noivado, tudo encaixadinho e finalmente o matrimônio.

Aquele rapaz tão atencioso e meigo, passou a assumir as responsabilidades absolutas da vida em casal. Com o tempo foi se notando cansado e exausto para tocar tanto trabalho, mas sua bela companheiro o ajudava no que fosse necessário. Até o mimava um pouco não deixando que ele se ocupasse com afazeres da casa. Bastava pedir e ela o atendia. Com o tempo ela passou a se dedicar exclsuivamente a ele, mesmo com seu emprego.

Ele era muito bem tratado e os amigos do casal elogiavam quanto eles eram harmoniosos e companheiros. Mas algo faltava ali, um brilho no olho, algo que denunciasse a temperatura do casal.

Eles se amavam tanto mas perderam o tesão. Ela estava sempre recolhendo sua roupa suja, preparando o café na cama e ele como um grande bebezão nào conseguia se virar em tarefas mínimas.

Seus amigos sentiam até vergonha de como ele engordou, se descuidou. Quando alertado para isso ele simplesmente sorria convicto da estabilidade de seu casamento.

Quando notou era tarde demais, ela havia se apaixonado por um homem bem comum e cheio de defeitos, mas com personalidade própria. Talvez não fosse qualitativamente melhor que ele, mas ganhou por pontos no quesito: vida acontecendo.

Ele ficou com a alma congelada, havia buscado na esposa uma réplica de sua mãe superprotetora.

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Para ajudar os homens a identificarem se tem uma mãe superprotetora segue o link do livro Mães que Amam Demais  [leia aqui] 

About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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