O que o golpista e o cafajeste tem em comum?

Entenda as semelhanças entre um golpista e o cafajeste

* Por Frederico Mattos, psicólogo

Você já caiu em algum golpe ou já viu alguém cair. Acreditou em alguém que fez uma promessa financeira irresistível que no final das contas se mostrou uma catástrofe e trouxe muita do de cabeça. Provavelmente depois de um tempo você se sentiu uma pessoa burra que acreditou num amigo ou colega (ou um estranho) seu dinheiro.

Quem ouve essas histórias de golpe do bilhete premiado sempre diz “eu nunca cairia”, mas diante da maneira agradável e confiável que o golpista a aborda, aquilo tudo ganha outro colorido. A maneira mais fácil de levar vantagem sobre uma pessoa é se mostrar suficientemente  confiável.

Na paquera ou no universo das promessas amorosas ocorre o mesmo, o cafajeste, aquele cara que promete e mostra uma coisa e depois faz outra, se vale desse artifício.

Existem três armas que um homem usa (consciente ou inconscientemente) quando quer obter sexo rápido com uma mulher: confiabilidade, desprendimento e vigor. O golpista também. Existe certa naturalidade no golpista, uma força no que ele fala que você se sente muito levado a acreditar quase sem questionar. A sua boa fé pensa “não é possível que alguém possa ser tão fdp para falar uma coisa séria dessa se não for verdade” e por causa disso você acredita em algo.

Se não fosse a confiabilidade inicial e enfática demonstrada seria muito difícil ceder aos apelos de alguém que quer obter um benefício imediato sem criar um vínculo maior. O cafajeste “bem treinado” nunca vai parecer um logo de cara, a promessa será tão boa e fácil, que você chegará a pensar “não é possível que está acontecendo”. E é verdade na maioria das vezes, pois se um homem quer criar um vínculo especial não terá problema em desacelerar o passo, assim como alguém que não está aplicando um golpe vai esperar o tempo da outra pessoa para tomar uma decisão financeira importante.

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“Respira fundo antes de cair de cabeça”

E porque a vítima de um golpe cai? Porque ela está numa posição vulnerável. No caso dos golpistas as vítimas normalmente são homens e/ou aposentados, pois os homens se impressionam com a vantagem financeira súbita e não checam detalhes, são condicionados pela suposta lealdade das pessoas, já os aposentados acreditam que podem ter uma sorte na vida em contraste com o sofrimento cotidiano.

No caso do cafajeste a mulher se torna mais vulnerável por conta de suas próprias crenças, da esperança de ter sido “premiada com um homem especial”, quando ela própria não percebe as inconsistências que enfrenta.

Se desse mais tempo para si mesma e para o pretendente e perceber se há alguma contradição notória ela poderia perceber que ação e fala são absolutamente incongruentes. Ao dar mais tempo para si a mulher age como a potencial vítima de um golpe que esfria a cabeça e não age na impulsividade (e ganância) de obter grandes benefícios sem ter feito nenhum esforço. É na ambição apressada que a vítima cai.

Gente feliz não cai em golpe!

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* Frederico Mattos: Sonhador nato, psicólogo provocador, autor dos livros Relacionamento para leigos (série For Dummies)[clique], Como se libertar do ex [clique aqui] e Mães que amam (demais livros e cursos [aqui]). Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas cultiva um bonsai, lava pratos e se aconchega nos braços do seu amor, Juliana.

Treinamentos online de “Como “salvar” seu relacionamento” e “Psicologia para não Psicólogos”

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Frederico A. S. O. Mattos CRP 06/77094