Confissões de um ex-namorado

*Escrito por um AUTOR ANÔNIMO

Recentemente estive numa conversa bem humorada entre amigos machos e a questão principal era sobre mulheres que entram em um novo relacionamento falando, pensando, vivendo (na cabeça delas) em torno do ex.

O ex existe de fato?

E isso me lembrou de um relacionamento passado onde o ex era eu. Namorei uma garota, que após o término, segundo amigos em comum, demorou para superar nosso namoro. Em conversas posteriores com a dita-cuja, ela mesma confessou que falava de mim para o atual namorado. Pedi a ela que parasse de fazer isso. Nada mais ridículo.

Eu terminei o namoro pois a situação já não era boa nem para ela nem para mim. Trocando em miúdos, estando eu certo ou errado, sendo bom namorado ou não, eu não a suportava mais. Foi um alívio. Comemorado com muitas baladas e risadas.
É claro que a garota não era a pior pessoa do mundo. Alguém seria capaz – como eu mesmo fui anos antes – de apreciá-la e ter um relacionamento sério com ela.

Mas adivinha o que ela fez com o novo namorado?

Ficou comparando-o a mim. Hora temia que ele fosse cometer os mesmos erros que eu cometi. Hora ficava insatisfeita por ele não ter “a mesma postura firme” que eu tinha. Traduzindo para vocês que não conviveram conosco: ela reclamava porque o cara não era um perfeito babaca esquentadinho, como eu era àquela época. Postura firme eu tenho hoje. Isso não tem nada a ver com a maneira truculenta que eu levava as coisas naqueles anos. Do alto dos meus 1,80m tenho sorte de não ter parado no hospital. Eu mesmo reprovo minha conduta da época. Mas voltando à questão…

Hãn? Ela encontra um cara mais calmo e equilibrado do que eu e ao invés de aproveitar o cara, ela fica com saudades de mim? Mas ela não reclamava dia e noite do meu temperamento? Me pergunto se no fundo, ela não se sentia apenas humilhada por que tinha tomado um pé na bunda e desejava aquilo que não podia ter: a mim. Ou incomodava o fato de que eu não suspirava por ela. “Mimimi… menininha bonitinha do papai tem que ter a brincadeirinha do jeitinho dela se não fica bravinha.”

E assim passou, meses a fio, fazendo comparações comigo. Adivinha o que aconteceu com o namoro dela apenas alguns meses depois? Dou um bombom Sonho de Valsa para a primeira que acertar.

Enquanto ela ficava resolvendo a nossa questão mal-resolvida ( na cabeça dela), eu estava por aí, me divertindo, me dando mal, me divertindo um pouco mais, me dando mal de novo… Mas em nenhum momento o nosso finado relacionamento impactava minha vida.

Nem para o bem, nem para o mal. Nada.

E ela ficou envenenando o novo relacionamento dela. A cabeça dela. A vida dela.

Quando eu saí da relação, saí por inteiro. Não precisava de fechamento. Estava acabado. Desculpe-me se pareço frio, é que não cresci assistindo contos de fada onde o final sempre vinha com “moral da história”. O meu referencial de história é mais parecido com o Pulp Fiction ou mais recentemente, Os Infitrados do Martin Scorcese. (claro que não precisa ser tão violento, me refiro à
falta de sentido poético dos fatos.) As coisas acontecem e ponto. Na vida real, as coisas mudam, se fecham por si mesmas, e quando você percebe aquilo já não está mais ali.

Se você, minha amiga, ainda tem um ex-que te assombra, saiba que as chances são de que ele está por aí se apaixonando, se decepcionando, sendo feliz, trabalhando, se divertindo com os amigos, vivendo ou morrendo. Mas não, você não tem impacto na vida dele. E é injusto com você dar tanto espaço a ele, que deu as costas para você e partiu.

Você não pode recuperar o tempo que vem perdendo ao ficar pensando nele e envenenando sua vida. Mas você pode parar de desperdiçar seu tempo. Ele não está mais aí. Então pare de agir como se estivesse , e pare de ficar envenenando sua própria vida com a sombra dele.

Tentei mesmo ser amigo da minha ex-quando a aconselhei a não mais tocar no meu nome. Ao invés de entender o que eu queria dizer, tenho impressão de que ela ficou mais despeitada e rancorosa. Inadvertidamente eu a estava rejeitando mais uma vez. Gostaria que à época, alguém – que não fosse eu – tivesse dito isso à ela. Então estou dizendo isso a você. Ela não estava apaixonada por mim. Só não queria perder o jogo de poder e dominação.

Se o cara considerasse você o amor da vida dele, ele teria dado um jeito. Teria feito algo a mais. Dizia o filósofo Nietszche que aquele que tem um porque bastante forte, suporta quase que qualquer como.

Se você precisa de fechamento, significa apenas de que você tem uma convicção, um senso de certeza de que as coisas precisam ser perfeitas e redondas, mesmo que tenham fim. Talvez ao pensar nele, você comece a se perguntar “Porque as coisas acabaram assim? porque? Porque? PORQUEE? E eu te pergunto:

E porque não?

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About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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