O Fim dos Jogos Emocionais

Já falei algumas vezes sobre os jogos que costumamos jogar na vida e de das consequências que eles trazem para a nossa vida emocional.

Nirvana?

Muitos me pediram para falar sobre formas de superar essas tramas pscológicas que nos movemos sem perceber.

Sem delongas, apenas pare de jogar e observe sua mente.

Apenas observe sua mente. Só isso.

“Só isso, Fred? Isso não vai funcionar.”

Observe esse comentário que sua mente produziu exatamente agora. Só observe, note os caminhos que ele seguiu.

“Só isso, Fred? Isso não vai funcionar.”

“Só isso”. Aqui sua mente flutuou por uma ideia de simplismo arrogante. Ela quis ir mais alto do que eu tinha proposto. Uma mente que gosta de superar aquilo que os outros propõe. Especialmente o Fred, nesse caso.

“Isso não vai funcionar.” agora sua mente tornou a ideia banal dizendo ISSO. E com ares de derrotismo arrogante. Como quem já tivesse praticado esse método de auto-observação por dias à fio você diz levianamente que não funciona. É possível que tenha tentado observar seus próprios pensamentos por alguns segundos e logo já declarou que não funciona. Não funciona para quem não pratica.

Você pode observar sua mente tranquilamente a qualquer momento. Você não é sua mente.

Outro dia me senti rejeitado numa certa situação e logo minha mente correu para um quarto escuro onde me senti do mesmo jeito na infância. Fui lançado imediatamente diante de todos os meus medos de não ser amado. Serenei minhas ideias e simplesmente, sim, SIMPLESmente observei atentamente para onde minha cabeça ia. Foi longe e quando percebi isso eu dei risada de mim.

O que tirei dessa observação foi que minha mente quando algo me contraria vai em busca de um refúgio onde o sentimento de rejeição traz um conforto doloroso de ser deixado de fora da brincadeira e me sentir um coitadinho que busca o amor.

Quase imediatamente consegui sair daquela letargia autopiedosa e voltei ao meu normal.

Essa manobra demorou no máximo 3 minutos e a pessoa que supostamente me rejeitou (ela só disse que não poderia ir comigo em certo lugar) sequer notou minha oscilação e toda a correnteza de sentimentos associados a uma frase ingênua.

O que poderia ter acontecido caso eu deixasse meus sentimentos tomarem conta de mim? Possivelmente eu ficaria emburrado, aborrecido, mau humorado, irritado e agiria de um jeito patético, “pidão” ou tentaria me mostrar superior e até esnobe como quem diz “eu nem preciso de você!”.

O que quero deixar claro é que podemos simplesmente observar e perceber que aquilo é só um pensamento e um sentimento, nada mais que isso. Essa manobra de autoobservação fez com que eu me desse conta que o EU que estava consciente de toda essa movimentação pôde ficar estável de tudo o que ocorria e que era esse EU-observador que estava agindo agora calmamente sem carência, orgulho e agitação.

Quando o EU-observador apenas olha aquele sentimento consegue ganhar uma força transformadora, desidentificada do eu-raivoso-medroso-triste e tirar seu corpo de um estado de prostração, fraqueza e torpor.

O EU-observador consegue agir como um policial pacífico que revela o cativeiro em que sua mente estava refém. Você se sente como alguém que foi encontrado quase-morto e rendido dentro de si mesmo e agora pode voltar a respirar em paz.

Pratique, só isso!

__________________________

Leia também

TOP 5 sobre AMOR

TOP 10 sobre DESAMOR

TOP 8 sobre HOMEM

TOP 8 sobre MULHER

TOP 10 sobre a VIDA

TOP 8 sobre RELACIONAMENTOS

TOP 5 sobre FAMÍLIA

TOP 8 sobre SEXO

TOP 7 sobre SENTIMENTOS

TOP 5 sobre PERSONALIDADE

Tags :

About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

Related posts