3 vilões dos relacionamentos: Jogos de poder – 3 de 3

“Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta deamor. Um é a sombra do outro.”  – Carl Gustav Jung

Nascemos submetidos pelos adultos e morremos submetidos pelo corpo cansado.

Entre um evento e outro brigamos por submeter algo ou alguém. É assim que a vida acontece.

É assim que sentimos pela vida toda !

Não gostamos de admitir, mas a verdade é que o poder nos fascina.

O poder enquanto relação de hierarquia sempre está presente, goste ou não.

Sempre haverá alguém mais culto, inteligente, bonito, simpático, esperto e sociável que você. A voz de comando sempre pertece àquele que domina uma habilidade ou tem um atributo valorizado socialmente.

Mesmo quando uma pessoa abdica de algum poder ela busca o poder de saber que não se submete.

Relacionamento amoroso

Existe um tecido delicado de forças num relacionamento amoroso. Enquanto há recompensa de poder a relação perdura. É como se houvesse uma balança que equilibra os créditos e os débitos emocionais.

Se você sente que fez algo para o relacionamento de modo “desinteressado” inconscientemente está em crédito emocional. Quando a pessoa retribui essa balança se equilibra de novo.

Uma mulher que se submete a um marido alcóolatra por muitos anos certamente sente o poder de ser alguém que luta pela família. É comum as esposas de ex-alcoolistas adotarem uma postura maternal com outras pessoas que não o marido. É um prazer secreto por se sentir superior ao marido “bebum”.

Mesmo quando submetida a pessoa busca o poder na sensação de resistência e lealdade àlguma causa.

Os disfarces de poder

A sensação de muitas pessoas boas pode ser fruto de uma sede de poder. Querem ser as mais caridosas a ponto de recusarem elogios e se assumirem incapazes de tanto. O poder de ser moralmente superior. É comum os bondosos permanecerem ressentidos daquilo que tem que abrir mão em favor do bem.

As mentiras que contamos diariamente são tentativas de sustentar nossa sede de poder. Mentimos para simular um bem-estar e boas relações com o intuito de ficar por cima.

Traduzo autoestima como o desejo de se sentir importante aos olhos dos outros. Quem sente a baixa autoestima é porque não conseguiu se sentir importante para alguém.

As amizades podem ser palcos para disputa de poder. Alguém da turma é sempre elegido como a vítima e os demais seguem o macho alfa.

 Os meios

O sexo costuma ser uma barganha utilizada pela mulher para controlar os homens. [poder feminino] Alguns homens usam o dinheiro para dominar suas mulheres. Os calmos se sentem superiores aos estourados. Os espertos se sentem mais importantes do que são.

A questão é que o relacionamento amoro será um palco de competição. É um comércio de amor. Um tentando dominar as vontades do outro. É nesse jogo que a maior parte dos relacionamentos estaciona.

Disputam atenção, risos, convites, olhares e admirações que trazem aquela sensação de bem-estar.

Brigas de casal

Veja como isso é desastroso numa relação amorosa, pois ao sustentar o poder pessoal o casal perde a medida do compartilhamento. Inconscientemente vêem o parceiro como um oponente, alguém que atrapalha sua felicidade. Mais brigas.

Já notou numa discussão que ambos querem ter a razão? Não é a razão ou respeito que buscam, mas a posição de superioridade.

As brigas são resultados dessas disputas de poder. O casal com o tempo fica testando um ao outro em sua capacidade de amor. Quem demonstra mais está por cima e o outro vai ficando amorosamente humilhado. Para recuperar a sensação de poder aquele que está por “baixo” pode reconhecer com gratidão aquilo que recebeu ou pode atacar o outro a fim de que desça também. O ciclo é interminável.

Términos de relacionamento

Quem é deixado perde o poder, quem deixa ganha. Quem foi deixado dirá muitas coisas para superar sua queda. Tentará encontrar mil explicações para amenizar a sensação terrível de ouvir “não gosto mais de você!”. E novamente entará superar (tradução = ficar por cima) o término do relacionamento.

O que nos causa dor é ter a sensação do ego massacrado e sem perspectivas de algo mudar.

Por essa razão é tão difícil assumir que perdeu um relacionamento.

A recusa do poder

Para quebrar esse ciclo é essencial meditar sobre o quanto de autoimportância você quer dar numa relação. Você quer ser feliz com alguém ou provar que ninguém domina você? Quer ter o controle ou ser surpreendido pela vida? O amor, enquanto abertura para novas movimentações emocionais, fica bloqueado quando poder entra em ação, daí a dificuldade de pessoas dominadores permanecerem por muito tempo num relacionamento.

No primeiro dia falei sobre a carência e como ela corroi os relacionamento.[clique aqui] Ontem falei sobre o apego.[clique aqui]

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Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

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