Estranha felicidade?

* Por Juliana Guisilin Cordeiro

Eu ja tive oportunidade de visitar vários países no mundo. E uma das coisas que eu mais gosto de fazer é observar e sentir o jeito de viver de
cada uma destas culturas.

São as malas ou as pessoas com as malas?

Posso dizer que conheço a Itália e os EUA com um pouco mais de propriedade. O primeiro porque morei por 10 meses e o segundo por ter ido repetidas vezes ao longo de 26 anos.

Mais recentemente visitei a Dinamarca também em um compromisso profissional. Confesso que a única expectativa que eu tinha era de passar frio ainda que no finzinho do verão Escandinavo.

O tempo me surpreendeu. Estava bem menos frio do que imaginei. Além de tudo isso, me surpreendeu e muito também o alto padrão de qualidade e os altíssimos preços.

O aeroporto já impacta pelo tamanho e pela imensa quantidade de lojas, cafés, restaurantes, revistarias. Até aí nada de novo. Outros aeroportos na Europa e nos EUA são assim.

Segundo ponto interessante ao sair do aeroporto: é possível se locomover de carro, trem, metro ou ônibus, saindo de dentro do aeroporto. Super estrutura.

O hotel em que me hospedei é de primeira categoria. O restaurante excelente e as instalações também.

A limpeza nas ruas é invejável, a organização no trânsito impecável e a quantidade de bicicletas espalhadas surpreendente. Aliás, o que não só acontece na Dinamarca, mas também em outros países da Europa, dentro dos vagões de trem, é possível estacionar sua bicicleta e ir de uma estação a outra tranquilamente.

Os prédios antigos muitíssimo bem conservados, a paisagem é harmônica e tem muito verde. Tudo em perfeita harmonia.

Um passeio ao Tivoli Gardens me fez sentir na Disney dada as devidas proporções por tamanha beleza e organização em um parque que também é de diversão.

Quem tem filhos, tem parte do custo com educação financiado pelo governo. Emprego não parece ser um problema e o índice de violência é baixíssimo.

Vendo tudo isso parece fácil ser feliz? Mas, onde está a felicidade?

Se ela fica estampada nos rostos eu não vi. O que vi foi um povo preso a muitas regras, frio nos relacionamentos e distante na aproximação.

À beleza falta o belo que na minha opiniao está no calor, não enquanto temperatura, mas pela relação.

O sorriso carece de afeto e a gentileza um pouco mais de comunicação.

Na bagunça do Brasil nos vejo curiosamente felizes, não porque há felicidade na malandragem, na desorganização, na corrupção e na violência, mas por que existe calor nas relações, há brilho na beleza e proximidade ainda que na distância.

Nos tocamos mesmo em situações formais e esta troca de calor aquece a alma.

Para mim a felicidade está no calor, evidente no rosto, quem sabe até no caos e na sensação de que ainda temos muito o que fazer…

________________

*Juliana Cordeiro – Garota urbana, nascida e criada em São Paulo, viajante nata (se é que isto é possível), sonhadora incansável, Consultora de Moda desde pequena, professora, marqueteira, apreciadora do belo em todas as suas formas. Come pizza toda semana, é louca por brigadeiro e faz aula de dança. Escreve no www.semespartilhos.com.br No Facebook [clique aqui para curtir]

 

 

____________

Outros artigos relacionados 

Quem queria não quer

Pelo direito de não saber quem sou 

As mulheres realmente mudaram?

Vira homem

Porque as mulheres não tem sociedades secretas

Mulheres de 30

Mulheres de 40

Mulheres independentes

Série Pare!

3 estágios da energia masculina e feminina

Uma mulher dá sempre jeito na vida de um homem

O carinho de uma mulher

7 coisas que revelam a infantilidade de uma mulher

5 coisas que um homem pode aprender com uma mulher

Não leve uma mulher muito à sério

A grande tristeza de uma mulher – leitura exclusiva para homens

O que uma mulher madura espera de um homem!

Tags :

About the author

Sonhador nato, psicólogo provocador, apaixonado convicto, escritor de "Como se libertar do ex" e empresário. Adora contar e ouvir histórias de vida. Nas demais horas medita, faz dança de salão e lava pratos.

Related posts